quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O que dá sentido à sua vida?

É engraçado pensar como certas coisas podem mudar a sua vida e seu modo de ver as coisas tão drasticamente.

Eu, quando tinha 14 anos, jamais imaginaria que um retiro com outros jovens poderia mudar tanto minha concepção de mundo e me ajudar a ser uma pessoa melhor, ou a pelo menos buscar isso. E que ainda hoje, cada vez que revivo aqueles momentos, sentiria meu coração se encher de esperança!

Depois quando me mudei pra Londres, imaginava que aquilo mudaria minha vida completamente sim, mas não tinha idéia do quanto isso mexeria com minhas prioridades e minha maneira de viver a minha vida.

Acontece que do mesmo modo que há coisas para mudar sua vida para melhor, há coisas para deturpar a sua visão e fazer você achar que tá todo mundo certo e você que tá errado. É complicado compreender essa dicotomia - palavra nerds de estudante de línguas - sem experimentá-la em sua plenitude dos dois lados.

E foi isso que eu fiz. E mergulhei nas águas de dois rios diferentes, onde eu podia ser feliz de maneiras distintas, mas nenhum me dava a certeza de um objetivo alcançado.

Por que será que é tão difícil escolher um lado? Por que será que é tão difícil arriscar sua vida em algo que se acredita de verdade? Por que temos tanto medo de abrir mão de coisas que parecem ser importantes pra nós?

Que tenhamos força, coragem e gana pra lutar pelo que acreditamos ser o que dá sentido à nossa existência e não tenhamos medo de dizer "NÃO" quando o mundo tentar nos prender em armadilhas perigosas!

domingo, 9 de agosto de 2009

Ser pai

O comércio criou várias datas para obter mais lucro e uma delas foi o dia dos pais. Comercial ou não, nesse dia, paramos para avaliar o que a figura de um pai representa em nossas vidas.

O meu, é do tipo que faz piada de tudo. Aquele que mesmo diante de uma situação tensa, não perde a oportunidade de falar alguma coisa para descontrair o ambiente. Um pouco inconveniente às vezes, verdade seja dita. Mas foi muito bom crescer com alguém olhando o lado positivo de cada situação trágica, pois equilibra o lado histérico e tenso de minha querida mãezinha.

O outro lado do meu coroa, é um lado um pouco contraditório. Embora muito ligado aos amigos e querido por todos, ele é um cara cruelmente realista. Sem muitos sentimentalismos, diria até frio certas vezes, o que se choca diretamente com o fato de ele ser uma pessoa muito carinhosa e amável. Não sei se dá pra explicar, mas ele não gosta muito de demonstrar suas fraquezas e acho até que o excesso de humor é pra esconder algum eventual temor.

Ele é o único homem que me faz sentir segura. Sabe, ele é franzino, tem barriga de chopp e o joelho bichado de exagerar nas peladas e corridas, mas quando estou com ele, é como se nada pudesse me atingir. E quando estou com medo, um abraço manda todo o pavor que seja, para longe. O único abraço que ganhei do meu pai que, em vez de afastar, aumentou o meu medo, foi quando fui morar fora. Pois eu soube naquele momento que eu ficaria por 7 meses sem aquela segurança. E assim foi.

Ele é o único que me mima e me põe num pedestal. Ele que imprimiu a última cartinha de aniversário que escrevi pra ele e mostrou pros amigos o quanto a filha o amava. Ele que sabe o que fazer exatamente para me tirar do sério ou para arrancar um sorriso quando tudo parece estar desabando. E definitivamente, é o único que aguenta minha TPM sem reclamar.

É por essas e outras, que poder ter o meu pai ao meu lado, SEMPRE, é inexplicavelmente fantástico. E eu não sei como seria, se assim não o fosse.

Feliz dia dos pais!