O meu, é do tipo que faz piada de tudo. Aquele que mesmo diante de uma situação tensa, não perde a oportunidade de falar alguma coisa para descontrair o ambiente. Um pouco inconveniente às vezes, verdade seja dita. Mas foi muito bom crescer com alguém olhando o lado positivo de cada situação trágica, pois equilibra o lado histérico e tenso de minha querida mãezinha.
O outro lado do meu coroa, é um lado um pouco contraditório. Embora muito ligado aos amigos e querido por todos, ele é um cara cruelmente realista. Sem muitos sentimentalismos, diria até frio certas vezes, o que se choca diretamente com o fato de ele ser uma pessoa muito carinhosa e amável. Não sei se dá pra explicar, mas ele não gosta muito de demonstrar suas fraquezas e acho até que o excesso de humor é pra esconder algum eventual temor.
Ele é o único homem que me faz sentir segura. Sabe, ele é franzino, tem barriga de chopp e o joelho bichado de exagerar nas peladas e corridas, mas quando estou com ele, é como se nada pudesse me atingir. E quando estou com medo, um abraço manda todo o pavor que seja, para longe. O único abraço que ganhei do meu pai que, em vez de afastar, aumentou o meu medo, foi quando fui morar fora. Pois eu soube naquele momento que eu ficaria por 7 meses sem aquela segurança. E assim foi.
Ele é o único que me mima e me põe num pedestal. Ele que imprimiu a última cartinha de aniversário que escrevi pra ele e mostrou pros amigos o quanto a filha o amava. Ele que sabe o que fazer exatamente para me tirar do sério ou para arrancar um sorriso quando tudo parece estar desabando. E definitivamente, é o único que aguenta minha TPM sem reclamar.
É por essas e outras, que poder ter o meu pai ao meu lado, SEMPRE, é inexplicavelmente fantástico. E eu não sei como seria, se assim não o fosse.
Feliz dia dos pais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário