terça-feira, 3 de novembro de 2009

O que é amor-próprio?

É tão difícil dizer o que é certo e o que é errado. É como se você, parando pra pensar, saiba o que fazer, mas na hora em que as coisas acontecem e tomam proporções absurdamente fora do que você imaginava, você joga tudo pro ar e faz tudo o que você jamais pensou ser capaz de fazer.

O mundo dita regras e você tenta se adaptar para não cair. Uma das coisas que eu aprendi com o mundo é que você não deve se anular. Sempre tive isso como um dos princípios da minha vida. Por mais que eu fosse sofrer com alguma perda, eu sempre achei que se aquilo não estava me fazendo bem, eu não deveria me sacrificar. Não deixar que as outras pessoas tomassem as rédeas da minha própria vida, como se pudessem decidir o que é certo ou errado para mim.

Até que ontem aconteceu algo tão fora do comum comigo! Hoje acordei pensando, então, no que é se anular. Até então, eu tinha uma idéia de que eu tomaria todas as decisões que pudessem mudar demais a minha vida. Pensava em amor-próprio, orgulho, respeito por mim mesma. Hoje acordei pensando o que seriam essas coisas.

As pessoas se magoam o tempo todo. Algumas se arrependem, outras não. Algumas pedem desculpas, outras não. Dizem que perdoar é muito difícil e que apenas as pessoas mais nobres são capazes de escolher o perdão ao invés do orgulho. Parece que quando você tem orgulho, as pessoas de fora te vêem com bons olhos. Você sai como uma pessoa forte, capaz de se defender diante da má fé das pessoas nas quais você depositou algum tipo de confiança ou expectativa positiva.

Quando você escolhe o perdão, a compreensão e principalmente não deixa que isso tudo apague os sentimentos sinceros e bons que você nutre em relação à pessoa que te magoou, você sai como fraco. Como pessoa sem amor-próprio.

Ter amor-próprio é desistir de lutar pelas coisas que você quer de verdade? Eu gosto de alguém, essa pessoa me magoa. Eu a perdoo. Vou mais longe, a deixo decidir se ela ainda deseja minha presença em sua vida ou não. Deixo nas mãos dela a minha felicidade ou o meu amor-próprio. Na hora, me sinto muito bem por ter tido a oportunidade de ser escolhida. No outro dia, a ressaca moral me abate e eu fico me perguntando sem parar porque foi que eu me submeti a isso.

Fiz errado? Fiz certo? O que eu fiz? Por mais que eu pense - e acredite, esse é o único pensamento que paira sobre minha cabeça nesse momento - eu não consigo entender e nem encontrar as respostas para as milhares de perguntas que me assolam agora.

Como pode algo parecer tão certo e tão errado ao mesmo tempo? Como pode algo te fazer se sentir tão bem e tão mal ao mesmo tempo? Como pode tantas questões insolúveis?

Estou certa? Estou errada?

Um comentário:

Carol disse...

Dani, certo e errado sempre persegue a gente. Meu discernimento parte do seguinte: me faz bem? Faz mal a alguem? Se vc esta feliz e nao esta interferindo negativamente na vida de ninguem, se joga amiga! Viva sua vida, o resto eh resto...

Bjoss!