terça-feira, 2 de março de 2010

Filhos da mãe

Ontem recebi uma amiga em meus braços, aos prantos porque tinha brigado com a mãe. Os sintomas eram quase os mesmos da minha casa e me falem se isso acontece no lar de vocês também: uma mãe histérica, por muitas vezes fora do controle, brigando por coisas muito banais, como por exemplo o fato de você não ter arrumado sua cama.

Ela se sente perseguida dentro da própria casa, que passa por um período tenso, que, julgo eu, todos nós já passamos algum dia e se ainda não, passaremos. É aquele período - a duração varia de família pra família - em que ninguém se bica. Qualquer idiotice é motivo pra briga e um simples almoço pode virar uma guerra. Todo cuidado é pouco nesse campo minado. Pode ser muito agravado pela TPM aguda das mulheres da casa.

O fato é que dessa vez eu não fiquei pensando na minha amiga, como ela sofria com os ataques "nada a ver" da mãe, ou como eu já tinha me sentido da mesma forma várias vezes ao longo dos meus bem vividos 23 anos. Pela primeira vez, pensei longe, no futuro. Pensei: se a grande maioria das mães é assim, será que nosso destino é o histerismo e a neurose com pequenos detalhes também? Será que o único jeito de não se tornar igual é optar por não ter filhos?

Vejam bem, que fique de fora aqui o fato de amarmos nossas mães. Não se trata do amor ou da falta dele, isso é inconstestável. Nenhum ataque de histeria nos faz esquecer todos os sacrifícios que essas grandes mulheres fazem diariamente para nos fazer mais felizes. Porém, esse algo que nos incomoda tanto hoje em dia, nos incomodará da mesma forma quando estivermos na posição de matriarca?

Afinal, não somos mais crianças, isso é fato. Mas ainda também não chegamos ao auge da vida adulta, onde casaremos e teremos filhos. E nem adianta tentar se convencer - e aos outros -, agora, de que COM CERTEZA você não será igual à sua mãe. Essas afirmações perigosas já me levaram a pagar a língua várias vezes. É esperar, pra ver que bicho dá.

Conselho não tenho. Pra minha amiga, pra mim, ou pra ninguém. Ter mais paciência com os xiliques da mamãe? Enfrentar a coroa? Sair correndo e deixar ela falar sozinha? Achar normal ela fazer escândalo por que você esqueceu de pendurar a roupa no varal? Não sei. Não sei mesmo!

2 comentários:

Talita disse...

Eu já me peguei mtas vezes pensando sobre isso... sobre 'não vou ser como ela qndo for mãe'! =P E tb, várias e várias vezes, mesmo ainda ñ sendo mãe, já me percebi agindo como ela justo nas coisas que mais reclamo que ela faça...
Concordo que, dependendo da forma como as coisas são ditas, a gnt paga a língua mesmo pelo que fala que nunca fará! E é mais do que compreensível que venhamos a agir como elas... são o nosso referencial mais forte! (na maioria dos casos, pelo menos) Mas acho que vale a pena pensar no que elas fazem e que a gnt não gostaria de fazer... e ir se percebendo e se 'trabalhando'... pq aí, acho que aumentam as chances da gnt não cometer histerias, paranóias e tantas outras coisas que chateiam os filhos... heheheheh =P Não que estejamos livres completamente disso, é claro!!! =P Mas acho que é legal, pra gnt poder ser um pouco mais compreensível com nossos filhos... e não simplesmente esquecer da época em que éramos chateados por nossas mãe! hehehehe =P
hehehehe... escrevi abeeessa!!! hehehehe =P
Acho que esse tema me toca!!! ehehehehehe
bjo, danyzinha!!!
*primeira vez que passo por aqui! =O ;)

DanyZinha disse...

hahahaha q fofa!
Volta de novo ta, amiga?
bjos